Bandidos fortemente armados invadem simultaneamente duas agências de Jaborá e forgem com refém

por: Aliança News

Utilizando de extrema violência e armamento pesado uma quadrilha com quatro bandidos invadiu ontem à tarde por volta das 12h50, duas agências bancárias em Jaborá. Foram assaltados de forma simultânea o Banco Besc e um posto do Banco do Brasil. Os bandidos levaram como refém o vigia do banco Besc, Silvestre Pesavento, 62 anos, que foi liberado uma hora e meia depois na comunidade de Vera Cruz, interior de Catanduvas. O assalto duplo pode ter rendido R$ 300 mil.

Na fuga, a quadrilha ainda utilizou o Ford/Focus, placas MFO-0989, de Jaborá, de propriedade do vereador Itamar Toigo. Ele estava na agência bancária no momento da invasão e garante que os bandidos estavam fortemente armados. "Eles entraram na agência depois de quebrar a porta principal com uma marreta", lembra. Toigo explica ainda que foi uma ação rápida por parte dos bandidos. Todos tiveram que deitar no chão e um funcionário foi obrigado a abrir o cofre do Besc para a quadrilha levar o dinheiro.

Segundo as informações da Polícia Militar de Jaborá, os bandidos utilizaram dois veículos para praticar o assalto. Um Fiat/Palio, furtado em Ibicaré, um VW/Saveiro, roubado em Ipira e que já tinha sido pintado pelos bandidos de preto para dificultar a identificação por parte dos policiais. Os dois automóveis foram abandonados em Jaborá próximos das agências bancárias. Munição também foi localizada por policiais dentro dos veículos.

Fuga
De acordo com Silvestre Pesavento, funcionário do Banco Besc e que foi levado como refém, os bandidos conheciam a malha viária do interior e em nenhum momento eles erraram a rota de fuga. Ele acredita que os assaltantes são da região ou estavam muito bem articulados. "A quadrilha conhecia tudo e eles pediam apenas para mim ficar calado", revela. Pesavento afirma ainda que ficou amarrado na mata por cerca de 30 minutos e quando conseguiu se soltar solicitou ajuda da polícia.

Ainda na fuga, seguindo sentido Vargem Bonita, os bandidos roubaram em um propriedade rural um Fiat/Strada, zero quilômetro e sem placas que continua de posse da quadrilha. O proprietário do carro que também foi feito refém conseguiu a liberdade horas depois juntamente com o vigia do banco Besc. Outro veículo utilizado pela quadrilha para despistar a polícia foi um Fiat/Marea, cujo o proprietário ainda não havia sido localizado. Na sequência, um GM/Corsa, suspeito de ser de Joaçaba, deu cobertura ao grupo e até o fechamento da edição ninguém havia sido preso.

Investigação
A Polícia Militar com apoio de todo o efetivo de Joaçaba e Catanduvas e do Alto Uruguai Catarinense não conseguiram interceptar a quadrilha que contava com aproximadamente quatro bandidos. Uma das testemunhas do assalto ao banco Besc, Camila Pronado, afirma que houve disparos dentro da agência bancária. "Foi uma susto muito grande. É impossível imaginar algo assim em uma cidade calma como Jaborá", desabafa. Camila afirma que os veículos ficaram estacionados em frente aos bancos e os bandidos foram rápidos para fugir.

O delegado da Polícia Civil de Catanduvas, Deivid de Lima, confirma que quatro homens participaram da ação em Jaborá e invadiram as agências bancárias. Ele explica que os bandidos conheciam o interior e fugiram sentido BR-153, Paraná. Buscas foram feitas, mas ninguém foi localizado. O montante levado das duas agências bancárias não foi revelado, mas se estima que o assaltou rendeu R$ 300 mil. O delegado acredita que a quadrilha estava armada de fuzil e armas de cano curto, pistolas e revólveres.