Abipecs quer agilizar a abertura de novos mercados para a carne suína
A instabilidade do mercado financeiro mundial continua preocupando o setor suinicula brasileiro. O ano de 2008 fechou com a redução de 55,8% nas exportações de carne suína. Além deste fator, o custo de produção e o baixo preço pago por quilo de suíno aos produtores também preocupam as entidades relacionadas. Para a Abipecs - Associação Brasileira da Industria Produtora e Exportadora de Carne Suína, a queda é reflexo da dependência do Brasil com a Rússia. Segundo o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, o país adquire mais de 40% da carne suína brasileira. "A crise atingiu a Rússia em grandes proporções, com isso vendemos menos e o resultado já pode ser visto em novembro e dezembro do ano passado".
Camargo Neto acredita que a venda de carne suína para a Rússia nos próximos meses está comprometida. Segundo ele, com o corte de gastos, o pais privilegiou, através do sistema de cotas, apenas os Estados Unidos. "A Rússia quebrou uma parceria que poderia ter dado certo, ou melhor, nós acreditávamos neste acordo", comenta ele.
Diante da situação a Abipecs está pressionando o governo brasileiro a agilizar a abertura de novos mercados. Para Camargo Neto está é a única alternativa para a suinocultura brasileira neste momento. "Vamos pressionar muito mais o governo, não podemos perder tempo, precisamos oferecer prioridades para os países interessados na carne suína brasileira"., esclarece. O presidente comenta ainda que se alguns países abrissem mercado para o Brasil, o problema estaria resolvido. "O que não falta são oportunidades, precisamos insistir nelas", explica ele.