Chiapetti é ouvido pela Justiça e confirma o uso de drogas. Ele nega que ingeriu bebidas alcoólicas
Giovano Chiapetti, 28 anos, motorista do Fiat/Uno que capotou no contorno viário norte vitimando o bombeiro Jams Pereira Gomes, foi interrogado ontem à tarde no Fórum de Concórdia. A audiência durou cerca de uma hora. O jovem confirmou o que já havia falado durante depoimento à polícia.
Ele relata que os dois haviam fumado crack e a vítima com o intuito de parar o veículo para usar mais droga soltou o cinto de segurança e puxou a direção descontrolando o Fiat/Uno que bateu em uma árvore em uma velocidade de 60 a 70 quilômetros por hora.
Chiapetti conta também que por alguns minutos ficou desacordado e quando recuperou o sentido a cabeça da vítima estava sobre o seu colo com o pescoço "desnucado". Nessa hora ele percebeu que Jams havia morrido. Conseguiu pedir ajuda, mas não lembra ser atendido pelo SAMU. Chiapetti disse ainda que não havia ingerido bebidas alcoólica e garrafa que estava no carro havia sido levada pelo bombeiro Jams - que havia ingerido "bastante" whiski na casa de amigas.
No interrogatório Chiapetti revelou ainda que a vítima e ele haviam adquirido 20 gramas de crack, por R$ 350. Mais tarde retornaram ao mesmo local onde havia adquirido a droga e por R$ 14 a grama, levaram mais 53 gramas, totalizando R$ 750. O valor foi dividido entre os dois.
Chiapetti conclui o depoimento reconhecendo que necessita de tratamento médico e depois que houve a separação de sua esposa encontrou amparo no crack. Revela ainda que na separação ficou com um terreno de R$ 25 mil e um veículo avaliado em R$ 10 mi, os quais foram vendidos e o dinheiro utilizado para compra de droga.