Clima de revanche marca 2º turno em SC

A campanha eleitoral do segundo turno pelo governo de Santa Catarina foi marcada por muita tensão e trocas de acusações entre os candidatos Luiz Henrique da Silveira (Coligação PMDB, PSDB e PFL) e Esperidião Amin (PP). Além das discussões no horário eleitoral, acusações de plágio de projetos, pedidos de direito de resposta, alianças até então improváveis e divergências internas para apoios em partidos derrotados no primeiro turno como PSB, PDT e parte do PT, o clima de revanche entre Luiz Henrique e Amin tornou a campanha muito tensa, principalmente nos últimos dias.

Em 2002, Luiz Henrique contou com o apoio do PT para virar a eleição no segundo turno contra o progressista. Desta vez, os petistas decidiram apoiar Amin e esperam repetir o mesmo papel decisivo de quatro anos atrás. Já o PMDB espera manter o desempenho do primeiro turno, quando obteve 15% de vantagem sobre o segundo colocado.

Segundo levantamento do Ibope sobre as intenções de voto divulgado pela RBS TV no último final de semana, Luiz Henrique, que apóia Geraldo Alckmin (PSDB), lidera a disputa com 58% contra 42% de Esperidião, que está com Luiz Inácio Lula da Silva. Os progressistas, por outro lado, têm se apoiado no que chamam de "erro das pesquisas", que apontaram a definição da eleição em Santa Catarina no primeiro turno.

Ao contrário do que se viu na campanha, o debate na televisão foi bem mais ameno do que os programas eleitorais. Para Luiz Henrique, serviu para mostrar um pouco das idéias dos candidatos, embora o tempo seja muito curto. "Podemos esclarecer muitas dúvidas que rondavam a cabeça dos eleitores. E conto com uma vitória esplendorosa", disse. Já Esperidião Amin foi bem econômico ao comentar o encontro e sua expectativa para a votação de domingo, afirmando: "É o prenúncio da nossa vitória".