Concordienses têm somente mais este mês para tentar recuperar perdas de planos econômicos

Os poupadores concordienses têm até o dia 31 de maio para ir à Justiça tentar pôr as mãos em um dinheiro decorrente de um erro dos bancos no início do Plano Bresser, em junho de 1987. Na época, as cadernetas com aniversário entre os dias 1º e 15 foram remuneradas com um indexador de 8,08 pontos percentuais abaixo do que foi determinado pelo governo federal.

Em todo o Brasil, em torno de 5 milhões de pessoas já buscaram na Justiça essa diferença que, corrigida e com juros, pode chegar a R$ 20 mil por poupador. Tanto o titular da conta quanto o herdeiro podem buscar esses valores. Não é preciso que a poupança ainda esteja aberta. Se o dinheiro não for retirado, vai ficar para os bancos. Depois do dia 31 de maio, não será mais possível também entrar com ação judicial, já que o fato prescreve após o prazo de 20 anos.

Não foi apenas o Plano Bresser, em 1987, que houve confusão na aplicação de indexadores para determinar o rendimento da caderneta de poupança. Um ano e meio depois, em janeiro de 1989, o governo Sarney instituiu o Plano Verão. Por medida provisória, determinou que a poupança fosse corrigida pelo rendimento acumulado. Os bancos entenderam que seria de 22,35%, em vez do reajuste de 42,72%.

Essa diferença, de 20,36 pontos percentuais também pode ser requerida através de ação judicial. Porém, como esse caso ocorreu em janeiro de 1989, os poupadores têm mais tempo, até dezembro do próximo ano, para entrar com ação na Justiça.