Governo do Estado terceiriza os serviços de segurança das escolas de Concórdia e sofre duras críticas do Sinte
O clima ficou tenso na tarde de ontem (12/2) no Colégio Estadual Olavo Secco Rigon. A coordenação do Sinte - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Concórdia foi informada de que o Governo do Estado contratou uma empresa de segurança de Florianópolis, para atuar nas escolas onde trabalham as merendeiras e serventes - APPs, que desde novembro não recebem salários.
Outra denuncia, feita pelos trabalhadores ao Sinte, foi de que as merendeiras e serventes estariam sendo forçadas a assinar a demissão. Conforme o coordenador local do Sinte, Gerson Fries, essa é uma maneira ilegal de resolver os problemas. " O governo do Estado foi novamente denunciado na Procuradoria Federal do Trabalho em Joaçaba", comenta ele.
Ao receber as críticas, em nome do Governo do Estado, o secretário de Desenvolvimento Regional de Concórdia, Valmor Fiametti, afirmou que contratou 28 pessoas de uma empresa terceirizada, para garantir a limpeza das escolas. " Recebemos no dia 18 de janeiro, uma recomendação do Ministério Público, para que em até 10 dias, resolvessemos o problema da limpeza nos colégios, foi o que fizemos, a partir de segunda-feira (16/2) estes profissionais começam a trabalhar", afirma ele.
Fiametti explica que os trabalhadores APPs não são pagos pelo Governo do Estado. " Eles recebem uma subvenção para manter limpos os colégios, estes recursos serão suspensos a partir do momento que os novos profissionais começarem a atuar, o nosso dever é manter as escolas limpas, e isso com as APPs isso não estava mais acontecendo, resolvemos um problema que se estendia há 15 anos", comenta ele.
Quanto as duras críticas feitas pelo Sinte, Fiametti afirma que são irreais. "Fries nos procurou ontem (12/2) para marcar uma reunião e definir toda a situação, agendamos para segunda-feira (16/2) mas agora esta data será repensada, nós apenas estamos defendendo os direitos dos alunos, que é ter uma escola limpa", declara.