Juliano Pereira terá de cumprir 45 anos de reclusão e Maurílio Fabrício, 46 anos de prisão pela morte de João Zanella

O juiz da Comarca de Ipumirim, Juliano Serpa, condenou Juliano Pereira, a cumprir 43 anos e seis meses de reclusão e Maurílio Sebastião Fabrício, a 46 anos e oito meses de cadeia. Os dois terão que cumprir a sentença em regime inicialmente fechado pela morte do taxista de Ipumirim, João Zanella, 74 anos. Na sentença publicada ontem o magistrado absolve a dupla da acusação de ocultação de cadáver, mas agrava a pena dos acusados pela prática de estupro e roubo.

Os autos do processo, revelam que a mulher que pegou carona com a dupla durante a fuga para Vargeão foi abusada sexualmente. "A alegação de ser a vítima suposta garota de programa não exime os denunciados da responsabilidade pela prática do delito". Os exames com o material de secreção vaginal coletado da vítima ratificaram que houve o estupro, dessa forma, afastando qualquer negativa dos acusados.

O magistrado sustenta ainda na sentença que Juliano Pereira teve uma participação decisiva no assassinato. "Além de ser premeditado foi praticado no período noturno e num lugar deserto, sendo que as mãos da vítima foram amarradas, sem lhe dar a menor possibilidade de reação". Ainda pontua Serpa que "o réu e seu comparsa causaram prejuízo emocional inestimável à família da vítima, sobretudo por ser a vítima uma pessoa trabalhadora".

A cronologia do crime

No dia 27 de junho de 2009, por volta das 22h30, Juliano Pereira e Maurílio Sebastião Fabrício, solicitaram ao taxista João Zanella uma corrida com a desculpa de se dirigirem até uma boate.

Poucos momentos após iniciar o trajeto, o acusado Maurílio Sebastião anunciou o assalto obrigando a vítima parar o veículo em uma via secundária, às margens da SC-465 entre Ipumirim e Arabutã.

Nesse momento, segundo os autos, Zanella foi executado com golpes de faca no pescoço. Na sequência a dupla fugiu com o Ford/Fiesta sendo presos na região de Faxinal do Guedes.