Momento de sobrevivência: Faesc faz alerta aos agricultores de SC e pede apoio do Governo Federal
O ano de 2009 inicia com sinal de alerta para os agricultores do Alto Uruguai Catarinense. A previsão das entidades ligadas à agricultura em todo o estado, é de um período difícil para o setor.
Segundo o vice-presidente da Faesc - Federação da Agricultura de Santa Catarina, Enori Barbieri, as dificuldades para os agricultores vão além das necessidades de insumo. " Há um ano atrás, a perspectiva para 2009 era de um ano promissor e duradouro para a agricultura, o Brasil estava se prevenindo de uma crise mundial de alimentos", explica ele.
Barbieri conta que devido a esta especulação, o Oeste Catarinense apostou em importantes investimentos, como o aumento da produção de insumos, suínos e aves. " A Crise Financeira Mundial está abalando os investimentos feitos em Santa Catarina, por exemplo, a safra que imaginavamos render o suficiente para os primeiros meses de 2009, já é a mais cara dos últimos anos", afirma ele.
Para alertar os agricultores de todo o estado, Barbieri comenta que será um ano de sobrevivência para a agricultura. "Apenas os agricultores que estão se preparando para o momento, podem permanecer na atividade". Segundo ele, os produtores brasileiros podem perder a competitividade, o que pode resultar na desistência da atividade.
Em entrevista ao jornalismo da Aliança, na última semana, o presidente da Abipecs - Associação Brasileira da Industria Produtora e Exportadora de Carne Suína, Pedro de Carmargo Neto, afirmou que o Brasil deve investir, sem perda de tempo, em novos mercados. A Faesc defende a hipótese de que em um curto espaço de tempo, não há como abrir novos mercados para a agricultura. Barbieri acredita que neste momento, o que pode alíviar a situação são as políticas públicas. " O Brasil precisa utilizar as reservas para socorro aos agricultores, ou seja, tudo o que a agricultura oportunizou ao país, nos últimos seis anos, precisa voltar ao produtor, em forma de apoio, não há muito o que fazer neste momento, a não ser apostar na proteção governamental aos agricultores", esclarece ele.