Polícia Civil conclui inquéritos envolvendo denúncias contra a cúpula do Presídio Regional de Concórdia
A Polícia Civil concluiu nessa semana dois inquéritos envolvendo o ex-administrador do Presídio Regional de Concórdia, Anilton Mendes Lopes, e o ex-chefe de Segurança, Amauri Farrapo Fortes, que estão sendo acusados pelo Ministério Público por ato de improbidade administrativa. Segundo o delegado Glademir Langa, um dos inquéritos encaminhado ao judiciário aponta irregularidades na remissão de penas para detentos e outro revela que o livro para controle dos veículos do Presídio Regional de Concórdia foi adulterado.
Mais dois inquéritos ainda estão em andamento, segundo o delegado. Langa afirma que pretende ainda apurar à pedido do Ministério Público, a suposta cobrança de propina dentro do Presídio Regional de Concórdia. A Polícia Civil ainda busca esclarecimentos com relação a funcionários do estabelecimento prisional suspeitos de facilitar entrada de celulares. Langa acredita que nos próximos 30 dias todos os inquéritos serão concluídos e encaminhado para a Justiça de Concórdia.
De acordo com a apuração da Polícia Civil, em alguns documentos oficiais do Presídio Regional em que a investigação teve acesso, foi constatado que detentos cumpriam saída temporária e ao mesmo tempo tinham registro de que estavam trabalhando. Ainda foi possível atestar que um livro de controle das saídas dos veículos foi adulterado no período em que Anilton Mendes Lopes esteve viajando para Lages, acompanhado pelo preso Nelci Antônio Córdova, considerado pelos promotores o braço direito dos administradores do estabelecimento prisional.