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Polícias da Suíça e França investigam pagamento de propina para construção da usina hidrelétrica de Itá

Data 07/05/2008 às 08:07
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As polícias da França e da Suíça iniciaram uma investigação sobre a multinacional Alstom - uma das maiores do mundo no setor de engenharia. Segundo denúncia publicada hoje no diário americano "The Wall Street Journal", a empresa teria pagado propina para ganhar contratos de obras públicas no Brasil.

A Alstom é uma gigante dos setores de infra-estrutura de energia elétrica e transportes. A empresa - com sede em Paris e filiais em 70 países - é especializada em trens de alta velocidade, bondes e metrôs.

Para o Metrô de São Paulo já forneceu trens, sinalização e programas para o controle de tráfego.

A edição de hoje do "The Wall Street Journal" revelou que a companhia é suspeita de ter pago centenas de milhões de dólares em propinas entre 1995 e 2003, para ganhar contratos na Ásia e na América Latina. Inclusive no Brasil.

Segundo o jornal, policiais suíços investigam pagamentos suspeitos que a empresa teria feito na construção da hidrelétrica de Itá, em Santa Catarina.

Investigadores suíços também teriam se reunido com policiais brasileiros, na semana passada, para levantar informações sobre um suposto pagamento de US$ 6,8 milhões na disputa de um contrato de US$ 45 milhões para a expansão do Metrô de São Paulo.

Pagar comissões a autoridades estrangeiras já foi permitido em muitos países europeus. Na França era possível até abater esses gastos do imposto de renda.

A lei antipropina, aprovada em 2000, proibiu esse tipo de pagamento no país. Mas as investigações indicam que a prática continua. No ano passado dois ex-representantes da Alston admitiram em depoimento que pagaram propina em nome da empresa.

Em nota, a Alstom diz que as acusações são baseadas em hipóteses e especulações. E ressalta que nenhuma ação legal foi movida contra a companhia.

O Metrô de São Paulo informou, também por nota oficial, que está averiguando os contratos com a empresa entre 1995 e 2003.

"Fatos supostos anteriores ao meu governo e eu vou tomar conhecimento de toda a investigação, seja feita na Suíça, na França, e será levada em consideração por nós que vamos investigar a fundo os elementos que eles possam fornecer", afirmou o governador de São Paulo José Serra. (Jornal Nacional)

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