Processo de integração de produtores de leite é temido pelo Sintraf, em Concórdia
O Sindicato dos Agricultores Familiares do Alto Uruguai Catarinense está preocupado com o interesse das agroindústrias em trabalhar em parcerias com produtores de leite, ou seja, integra-los em um processo de produção. O modelo ocorre hoje, com os suinocultores e avicultores.
Segundo o sindicato, o processo é a longo prazo, mas as conseqüências são imediatas. De acordo com o coordenador de políticas públicas, Alaci Wamms, as empresas irão exigir a estruturação das propriedades, com um número base de animais necessários e uma produção estabilizada.
Ele afirma que muitos agricultores não têm condições, e devido a isto, muitos poderão ficar endividados através de financiamentos longos e doações em comodato.
De acordo com o sindicato, com o modelo, as empresas querem trabalhar com 10 mil produtores apenas no estado. Wamms acrescenta que a redução de propriedades será significante.
O Sindicato aponta que hoje os bovinocultores produtores de leite, trabalham independentemente, podendo negociar os valores pagos por litro com as empresas. Wamms comenta que a integração não permite isto.