Reportagem: Qual será a solução para reduzir as estatísticas violentas do trânsito?

O início de 2008 está sendo trágico para o Alto Uruguai Catarinense. Em apenas sete dias foram quatro vítimas no trânsito. A série de mortes começa por Seara, na sexta-feira passada, quando um motociclista perdeu a vida.

No sábado, dia 05, dois jovens de 16 anos, morreram na SC-465 acesso a cidade de Itá. O veículo capotou e desceu uma ribanceira. Ontem, um empresário de Concórdia bateu na proteção da ponte na BR-153, divisa do RS com SC e também foi a óbito no local.

Qual será a solução para reduzir as estatísticas violentas do trânsito? Autoridades ligadas a área apostam em mais rigor na aplicação da legislação de trânsito. O diretor geral do Detran em Santa Catarina, Vanderlei Cardoso, afirma que está determinando o recolhimento de 18 mil CNHs em todo o Estado de motoristas que chegaram a 20 pontos e estão com processos em andamento.

Ele acredita que a educação no trânsito e multas mais pesadas irá amenizar a problemática dos acidentes em todo o Brasil. Cardoso ressalta ainda que o trabalho de educação nas escolas é fundamental para um trânsito menos violento.

Álcool, imprudência, alta velocidade, falta de consciência e punição dos condutores de veículos. O que está por traz de tantas tragédias? O comandante da Guarnição Especial da Polícia Militar, Reinaldo Boldori, afirma que o sentimento de impunidade no trânsito também eleva as estatísticas. Ele reconhece que falta mais rigorosidade na aplicação das leis no país.

Segundo levantamento da Associação Nacional de Transportes Públicos, são aproximadamente 34 mil mortes por ano no trânsito. São mais de R$ 28 bilhões de prejuízos. Os números ainda revelam que 75% dos acidentes no Brasil estão associados ao consumo de bebidas alcoólicas.

O sub-comandante da PRE, Vanderlei Rogelin, relata que a imprudência do motorista é uma das causas principais de acidentes nas rodovias. Além disso, ultrapassagens mal sucedidas e desrespeito a sinalização de trânsito provocam grandes tragédias.