Superior Tribunal de Justiça mantém condenação para padre acusado de abuso em Piratuba

O Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação ao padre Avelino Backes, pela prática de atentado violento ao pudor contra meninas das paróquias de Piratuba e Ipira na década de 90. De acordo com a certidão de julgamento da quinta turma do STF em Brasília, os desembargadores decidiram por unanimidade reconhecer o recurso, mas negar provimento, mantendo a condenação de sete anos de reclusão em regime inicialmente fechado. Segundo a ação penal, ajuizada pela Promotora de Capinzal, Karla Meireles Menegotto, o religioso se aproveitava de coroinhas e alunas de catequese nas paróquias onde atuava, todas com idade entre nove e 10 anos. As meninas queixaram-se aos pais que o religioso, sob o pretexto de arrumar suas vestes na sacristia, antes da celebração das missas, passava as mãos em suas nádegas e seios. Os ataques ocorriam também durante as aulas de catequese e em passeios e piqueniques realizados pelo grupo em cidades vizinhas. Inicialmente enquadrado por importunação ofensiva, classificada como contravenção penal, o padre foi condenado ao pagamento de multa.