
Médico de Chapecó participa do “Quem quer ser um milionário”, quadro do programa de Luciano Huck

O médico catarinense Jonas Spies foi o primeiro participante da nova temporada do “Quem quer ser um milionário” no programa Domingão, apresentado por Luciano Huck, neste domingo (25), e quase levou o maior prêmio para casa. Ele ficou a apenas três respostas certas de ganhar R$ 1 milhão, mas uma pergunta sobre o peixe considerado mais rápido dos oceanos interrompeu a trajetória do médico no programa.
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Jonas foi o mais rápido dos seis concorrentes a organizar os seguintes meses dos ano em ordem alfabética: abril, novembro, julho e fevereiro. Por isso, ele conseguiu o feito de ser o primeiro participante da temporada.
Natural de Chapecó, Jonas impressionou o apresentador Luciano Huck pelo currículo profissional. Ele é formado pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e tem especialização em otologia e rinologia pela Universidade de São Paulo (USP), com estágio em Harvard.
Jonas contou que foi até o programa para montar um “fundo” financeiro para a filha pequena, fruto do casamento com a também médica Priscila Werner Spies, que o ajudou em uma pergunta no programa.
Quem assistiu ao programa também ficou impressionado com a facilidade de Jonas para responder a maior parte das questões. Apenas em uma delas, logo no começo, é que ele deu um susto no público e na mãe Salete Capeletti, que o acompanhou até o Rio de Janeiro para participar do programa.
A pergunta era a seguinte: “o Pico da Bandeira fica na divisa de quais destes estados?”. Jonas não sabia responder, então resolveu estrear a mais nova forma de pedir ajuda do programa: pedir a opinião dos outros cinco concorrentes sobre a resposta.
O problema é que nenhum deles soube responder. Apenas Gabriela decidiu arriscar e opinar, sugerindo a opção A, que dizia que o Pico da Bandeira fica na divisa de Espírito Santo e Minas Gerais. Felizmente, Jonas seguiu a sugestão, e acertou a pergunta.
Depois disso, o médico respondeu quase todas sem nem pensar duas vezes, convicto das respostas. Quando não teve certeza, pediu as demais ajudas que o programa oferece: uma videochamada com qualquer pessoa previamente indicada — a quem ele recorreu à própria esposa.
Foi na pergunta que valia R$ 300 mil, que questionava o nome do peixe considerado mais rápido dos oceanos, que Jonas decidiu arriscar, já que não tinha mais nenhuma ajuda. O médico respondeu “peixe-flecha”, também convicto, mas acabou errando a questão. Porém, para a alegria de Jonas e do fundo financeiro da filha, ele ainda conseguiu levar para casa R$ 150 mil. O correto era peixe-vela.
Médico atendeu vítimas do acidente aéreo da Chapecoense
Durante o programa, Luciano Huck perguntou para Jonas sobre um item que ele tinha citado em sua carta de inscrição: o atendimento às vítimas do acidente aéreo da Chapecoense, em 2016.
Jonas contou que, quando finalizou sua residência médica, resolveu voltar para Chapecó. No mesmo ano, ele acabou diagnosticando o próprio pai com leucemia, e o levou para fazer o tratamento em Ribeirão Preto, em São Paulo. No intervalo dos três meses que o pai de Jonas ficou internado, o médico voltou para Chapecó.
No dia 29 de novembro, aconteceu o desastre com o avião do time do Oeste catarinense, que vitimou 71 pessoas. Algumas horas depois do ocorrido, Jonas disse que se deslocou imediatamente até a Arena Condá.
— Chapecó é uma cidade onde todo mundo se conhece. No voo, também estavam pacientes meus — lembrou.
Exatamente um mês depois da tragédia, o pai de Jonas faleceu. Apesar dos momentos ruins que já vivenciou na medicina, o médico diz não se abalar.
— Todo mudo acha que medicina é tragédia, mas como todas as profissões, tem o lado bom e o lado ruim — disse.
Fonte: NSC


